Durante a realização do SENDI em Curitiba, Vagner Vasconcellos, colaborador da CPFL e coordenador do projeto desde seu início, apresentou os resultados de 10 anos de Pesquisa e Desenvolvimento do Transformador Verde®.
O Transformador Verde® é um transformador de distribuição que utiliza óleo isolante vegetal biodegradável, reduzindo riscos de acidentes ambientais através da substituição do óleo isolante mineral pelo vegetal, com o tempo de degradação do óleo no solo de apenas 45 dias. Este produto foi resultado de projetos de P&D que passaram da Pesquisa Aplicada ao Lote Pioneiro com financiamento do Grupo CPFL Energia.
Construído com estrutura otimizada de forma a aproveitar os benefícios térmicos e físico-químicos do óleo, o Transformador Verde® é utilizado na rede de distribuição de energia elétrica em substituição aos transformadores convencionais que utilizam óleo mineral e funciona com os mesmos princípios elétricos do transformador convencional.
Além de proporcionar menores perdas a vazio e ganho ambiental, possui a capacidade de carregamento pode ser de pelo menos 20% a mais da potência nominal em regime contínuo, apresentando assim maior tempo de vida útil frente aos transformadores convencionais com carregamentos normais.
Resumo do Projeto
Após 10 anos de pesquisa, avaliando e testando novos materiais isolantes para redução dos custos de produção dos transformadores de distribuição mais eficientes e ecologicamente corretos, chegou-se ao Trafo Verde Compacto. Obtivemos esse equipamento através do desenvolvimento de protótipos de transformadores de distribuição, estudados em laboratório de alta tensão para determinação do dimensionamento e para avaliação do desempenho e da biodegradabilidade dos óleos isolantes empregados. Nesses 10 anos de projeto buscou-se primeiramente desenvolver os protótipos de 88 kVA (potência obtida a partir de um 45 kVA que recebeu modificações de geometria e novos materiais), que serviram como base para a segunda etapa do projeto. Na segunda parte do projeto estudou-se a viabilidade da produção do protótipo em escala industrial nas potências normalizadas visando a utilização futura desses equipamentos na rede de distribuição. Finalmente, na terceira etapa foram feitos os ajustes no projeto para a melhoria da eficiência e compactação do equipamento.